Fernado Pessoa com Pessoas

Eu vi Pessoa na noite silenciosa
Cobrir-me com palavras
de dor , vazio e amor
senti me ansiosa.
Fui a janela espreitei uma estrela lacrimosa.
Uma lágrima cintilante
penetrou em meu quarto e deixou minha mente mais brilhante.
Meu ser então ficou radiante.
Tomei a caneta e papel;
O amor chorou
a dor
daquele vazio
que Pessoa deixou.
E eu encolhi, tal qual feto no ventre materno
sem compreender aquele sentimento terno
que Pessoa teve pelas pessoas.
E nessas pessoas
Pessoa criou poetas
Sem dor,
Sem vazio
Sem estrelas
Sem Lua
Sem sol
Mas deixou a metafísica explicita
na natureza das coisas
sobre coisas infindas
vindas
D’ alma,
Que na calma da noite
aflora acácias
espalhadas ao chão e num quarto qualquer uma donzela a contemplar:
Por exemplo:
Antonio, Maria, Isabel e João
e tantos outros que aqui estão;
Na Arcada, No Martinho, No Terraço!
Ah! Pessoa que fizeste aos Lusitanos?
Deixaste o legado das palavras
a dançar no papel para homenagear
Teu nascer;
Teu viver;
Teu morrer;
Teu renascer!!!
by Zeldi Isabel Lemos 09/2011









































Thursday, 22 February 2018

Eu esperei
desesperei
via o tempo passar
e tu não a manifestar!
Chorei
tinha esperança
que eu fosse uma aliança
e que tu acalmasse minha ansia.
Nada
não me olhavas
não me escutava
e eu me desesperava.
Acalmei
as lágrimas sequei
para o lado virei-me
e tu não veio.
Eu confesso que esperei!

by Elizabeth Zelden ( Zeldi isabel de |Lemos)

Tuesday, 5 April 2011

Era só o que queria!

Eu queria uma amor que não fosse mentiroso e que o ardor das palavras proferidas não me causasse feridas. Eu queria um amor que caminnhasse comigo e me fizesse um mimo e não me deixasse tão sofrida. Eu queria um amor que soprasse aos meu ouvidos zéfiros de felicidade e com a idade não terminasse. - Ah! Eu só queria um amor e mais nada!

Sunday, 17 October 2010

Talhe


O talhe lívido espaldado,
sob a cabeça
opulentas madeixas
roçaga num movimento mistificado.
A pele tal qual cambraia
cingida por borlas de torçais
embebeu-se dos eflúvios do amor.
Agora marmoriza-se e,
os olhos maviosos
penetram zelosos
esse talhe escarnecido.
Na soledade misérrima
tal desventura qual o ermo
encontra a nuvem branda
no amor que morre.

Tuesday, 28 September 2010

Fragmento de Mim


Éramos três. eu , tu e ele.
De nós duas as melhores partes com ele ficou.
E eu e tu , agora a conversar
ele não se importou.
Somos as duas assim
aos farrapos e
de rastos
neste mundo nefasto.
de mim só há os frangalhos
e de ti tudo espalhado.
Outrora éramos inteira
agora,
aos olhos do mundo somente os retalhos.
Somos fragmentos
em constante lamento
neste rebento
diante o mal tratamento.
Ele se importa?
Não ! tão pouco tem consciência
da maledicência que causou
as duas almas em carência.
Quem foi ele?
Apenas alguém que transformou
duas almas em framento.

Monday, 26 July 2010

Um cancro

Naquele leito um corpo inerte,
da boca só alguns balbúcios
à procura
da luz e do juizo que perdeu.
Presa àquela vida, a mente a descer,
num crescente alvoroço
que por dentro povoa imagens
numa condição humana de solidão.
Falta o brilho nos olhos,
muram as ausências,
num perfil perdido.
Tecer e destecer a teia da sanidade
é a esperança em uma deserta ilha
dessas humanas criaturas.