Fernado Pessoa com Pessoas

Eu vi Pessoa na noite silenciosa
Cobrir-me com palavras
de dor , vazio e amor
senti me ansiosa.
Fui a janela espreitei uma estrela lacrimosa.
Uma lágrima cintilante
penetrou em meu quarto e deixou minha mente mais brilhante.
Meu ser então ficou radiante.
Tomei a caneta e papel;
O amor chorou
a dor
daquele vazio
que Pessoa deixou.
E eu encolhi, tal qual feto no ventre materno
sem compreender aquele sentimento terno
que Pessoa teve pelas pessoas.
E nessas pessoas
Pessoa criou poetas
Sem dor,
Sem vazio
Sem estrelas
Sem Lua
Sem sol
Mas deixou a metafísica explicita
na natureza das coisas
sobre coisas infindas
vindas
D’ alma,
Que na calma da noite
aflora acácias
espalhadas ao chão e num quarto qualquer uma donzela a contemplar:
Por exemplo:
Antonio, Maria, Isabel e João
e tantos outros que aqui estão;
Na Arcada, No Martinho, No Terraço!
Ah! Pessoa que fizeste aos Lusitanos?
Deixaste o legado das palavras
a dançar no papel para homenagear
Teu nascer;
Teu viver;
Teu morrer;
Teu renascer!!!
by Zeldi Isabel Lemos 09/2011









































Saturday, 13 February 2010

Incapacidade

Sento me à maquina
meus dedos dedilham
as palavras olham me
assustadas
Então? para onde queres que vamos?
Eu dedilho
sai um coração,
uma solidão,
tento fazer um refrão,
não sai e
uma palavra cai.
Outra entra,
uma fila de verbos,
adjectivos,
substantivos,
ah são tantas reticências!
Pontos e interrogações.
O mundo grita por paz...
e eu tão incapaz..
As letras não movimetam
e eu fomento
os dedos;
pois bem
vem lá
um a
um m
um o
um r
é isso ...não mais que isso...
Todos poetas sentem.

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