Fernado Pessoa com Pessoas

Eu vi Pessoa na noite silenciosa
Cobrir-me com palavras
de dor , vazio e amor
senti me ansiosa.
Fui a janela espreitei uma estrela lacrimosa.
Uma lágrima cintilante
penetrou em meu quarto e deixou minha mente mais brilhante.
Meu ser então ficou radiante.
Tomei a caneta e papel;
O amor chorou
a dor
daquele vazio
que Pessoa deixou.
E eu encolhi, tal qual feto no ventre materno
sem compreender aquele sentimento terno
que Pessoa teve pelas pessoas.
E nessas pessoas
Pessoa criou poetas
Sem dor,
Sem vazio
Sem estrelas
Sem Lua
Sem sol
Mas deixou a metafísica explicita
na natureza das coisas
sobre coisas infindas
vindas
D’ alma,
Que na calma da noite
aflora acácias
espalhadas ao chão e num quarto qualquer uma donzela a contemplar:
Por exemplo:
Antonio, Maria, Isabel e João
e tantos outros que aqui estão;
Na Arcada, No Martinho, No Terraço!
Ah! Pessoa que fizeste aos Lusitanos?
Deixaste o legado das palavras
a dançar no papel para homenagear
Teu nascer;
Teu viver;
Teu morrer;
Teu renascer!!!
by Zeldi Isabel Lemos 09/2011









































Monday, 8 March 2010

Indivíduo


A sabedoria encontra-se em forma de germe em todos indivíduos aguardando factores que lhes propiciem a exteriorização para se transformarem em atitudes. O indivíduo pode ser comparado a uma árvore. As suas raízes de sustentação e nutrição fincadas no solo são o seu passado histórico; o tronco é a existência actual; os galhos e as folhas são as suas atitudes presentes; as flores e os frutos serão seu futuro. Se as raízes permanecem em solo árido ou pantanoso, infértil ou pedregoso a falta da seiva extermina a árvore, mesmo que o ar generoso e a chuva contribuam para a sua preservação. Portanto, somente por meio da correcção da terra e da sua adubação é que as energias vitais lhe correrão por toda a estrutura levando à fluorescência e à frutificação. Caso contrário, mesmo que a árvore consiga desenvolver-se haverá um crescimento incompleto, frágil, e a produção mirrada. É a perseverança e os estímulos que desenvolvem um trabalho contínuo à busca de um equilíbrio no indivíduo. Existem inúmeros exemplos de perseverança na história dos génios no meio literário e científico. Os grandes vitoriosos lutaram com tenacidade para romper os limites, os problemas, os desafios. Nao nasceram fortes, mas investiram na ação que objectivavam o tempo todo e tornaram-se vigorosos. O poeta inglês, John Milton, ao tornar-se cego prosseguiu escrevendo excelentes poemas, ao invés de lamentar-se; os músicos: Bethoven continuou compondo, e com mais beleza, após a surdez total; Chopin, tuberculoso, deu seguimento às músicas ricas de ternura, entre crises de "hemoptises" e, Mozart na miséria, sofrendo competições ultrizes traduziu para os ouvidos humanos as mais belas melodias; Epiteto escravo e doente, filosofava, numa atitude estóica e Demóstenes, gago, recorreu a seixos da praia, colocando-os sobre a língua, para corrigir a dicção. Esses são exemplos de que estimulos e perseverança são fontes de energia para um indivíduo na sociedade. Os gênios existem, só precisam ser descobertos e trabalhados.

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