Fernado Pessoa com Pessoas

Eu vi Pessoa na noite silenciosa
Cobrir-me com palavras
de dor , vazio e amor
senti me ansiosa.
Fui a janela espreitei uma estrela lacrimosa.
Uma lágrima cintilante
penetrou em meu quarto e deixou minha mente mais brilhante.
Meu ser então ficou radiante.
Tomei a caneta e papel;
O amor chorou
a dor
daquele vazio
que Pessoa deixou.
E eu encolhi, tal qual feto no ventre materno
sem compreender aquele sentimento terno
que Pessoa teve pelas pessoas.
E nessas pessoas
Pessoa criou poetas
Sem dor,
Sem vazio
Sem estrelas
Sem Lua
Sem sol
Mas deixou a metafísica explicita
na natureza das coisas
sobre coisas infindas
vindas
D’ alma,
Que na calma da noite
aflora acácias
espalhadas ao chão e num quarto qualquer uma donzela a contemplar:
Por exemplo:
Antonio, Maria, Isabel e João
e tantos outros que aqui estão;
Na Arcada, No Martinho, No Terraço!
Ah! Pessoa que fizeste aos Lusitanos?
Deixaste o legado das palavras
a dançar no papel para homenagear
Teu nascer;
Teu viver;
Teu morrer;
Teu renascer!!!
by Zeldi Isabel Lemos 09/2011









































Wednesday 14 April 2010

Pupilo

Se adentro e não encontro
aquele sorriso
que é minha força
daí
os movimentos tornan-se lentos.
E num esforço violento
meus ouvidos
procuram os sons.
Só o silêncio.
Ah! O fluido desse sorriso
que emanas
e me deixa
insana, e
meus olhos
na pálida cor do ambiente
procura o brilho
da tua presença.

Humano

O oficio de ser.
Parecer?
Talvez.
mórbida noite
os sons abafados
pela nota do silêncio
imposto pela instância.
Dada a circunstâncias,
o que é ser?
Um parecer
apenas!
Nao se sabe.
E quem quer saber?
a Humanidade?
Não!
Só eu!

Tuesday 13 April 2010

Féretro

Rastejo!
Rastejas!
Este espaço ingrato
que insiste em existir
nao deixa nada fluir!
Corroboro!
Corroboras!
o vácuo
remete
àquele silêncio
que cala a voz dos cândidos.
Movimento-me!
Me movimenta!
A inércia leva à escuridão
o obscuro
leva à solidão.
Um grito sufocado
desse sentimento!
A caixa!
Encaixa?
o corpo retorce
num enlace,
movimenta-me e
que te movimenta.
Ai! Esse rebento!

Doce?

palavras voam sob o vento
nas mãos as rosas
são para mim?
Não!
oh! Doce ilusão!
Que arrasa, devasta e transforma
tudo dentro de mim.
Sangra! E é purpureo,
negritude sobre a pálida superfície
e vai pelas entranhas.
Sou estranha!
Não existo
tão pouco coexisto...
Em meio a imensa massa,
que multidão!
Sou tão pequena.
Segura minha mão
doce ilusão.