Fernado Pessoa com Pessoas

Eu vi Pessoa na noite silenciosa
Cobrir-me com palavras
de dor , vazio e amor
senti me ansiosa.
Fui a janela espreitei uma estrela lacrimosa.
Uma lágrima cintilante
penetrou em meu quarto e deixou minha mente mais brilhante.
Meu ser então ficou radiante.
Tomei a caneta e papel;
O amor chorou
a dor
daquele vazio
que Pessoa deixou.
E eu encolhi, tal qual feto no ventre materno
sem compreender aquele sentimento terno
que Pessoa teve pelas pessoas.
E nessas pessoas
Pessoa criou poetas
Sem dor,
Sem vazio
Sem estrelas
Sem Lua
Sem sol
Mas deixou a metafísica explicita
na natureza das coisas
sobre coisas infindas
vindas
D’ alma,
Que na calma da noite
aflora acácias
espalhadas ao chão e num quarto qualquer uma donzela a contemplar:
Por exemplo:
Antonio, Maria, Isabel e João
e tantos outros que aqui estão;
Na Arcada, No Martinho, No Terraço!
Ah! Pessoa que fizeste aos Lusitanos?
Deixaste o legado das palavras
a dançar no papel para homenagear
Teu nascer;
Teu viver;
Teu morrer;
Teu renascer!!!
by Zeldi Isabel Lemos 09/2011









































Thursday 21 January 2010

As Palavras

As memorias da infância,
os passos nas pedras,
o vestido vermelho,
o cabelo trançado.
O rosto sujo, a lágrima
o sorriso maroto
a brincadeira de família.
A família composta
o lugar à mesa guardado do filho ausente
e presente no pensamento.
Ah! Palavras que ferem, que regozijam.
Ah! São tantos escritos.
Caracteres que faz o carácter
do jovem e do evento
que o vento sopra à terra,
ao mar e nada pelas ondas.
Chega aos sussurros
aos ouvidos dos que esperam
zéfiros das boas vindas.
Murmúrios que respeitam,
ora não e
arrasta uma multidão,
numa marcha frenética e
ao abismo vai lá a solidão.
Entidade perversa,
há também quem diga amém
às palavras subscritas pelos magistrais.
Privilegio dos literatos
os que jogam os dados
e deixam os infortunados
à deriva na ignorância
a viver uma ânsia.

Wednesday 20 January 2010

Tu



Conhecer-te foi como ver uma flor nascer
e depois de crescida, não há quem não a percebesse
em meio a todas as outras,
Conhecer-te foi viver novamente,
sorri na aurora
transbordei alegria
contemplei as estrelas de noite
e o sol de dia.
Conhecer-te vi somente a verdade
nunca desconfiei de nada
vi no feio tudo belo
das desgraças fiz um céu aberto
onde os anjos tocavam as trombetas anunciando
minha felicidade.
Conhecer-te, não sofro
o azul ficou mais bonito e jamais me entristeço.
Conhecer-te estou sempre a sorrir,
mesmo tu estando longe
nunca me sinto sozinha.
Conhecer-te foi uma bênção
que meu coração sentiu
e te esquecer
jamais irei conseguir .

De um olhar



Um olhar sempre diz mais
quanto mais quer se falar…
Onde estão os escritos?
os ditos?
Os Beneditos espalham-se
Confinam -se nos afluentes
Entes enigmáticos;
Os lunáticos sobreviverão,
à tanta loucura.
São mágicos os momentos
de existir ou sobreviver
nos nossos próprios passos
porque nossos rastros
deixaram e deixarão nossos sentidos
e sentimentos.
Dá-se ao espaço analisar.
contudo sempre nos afastamos
numa imaginação das estrelas
a brilhar no alto
e nos tocar; a nos fluir: nos guiando
numa loucura lunática.
Nos rastros da nossa consciência
eu sei existe uma ânsia
uma envolvência suave
numa clave de sol, simples,
antes do por do sol
no atol dos sentimentos justos,
sem custas a debitar.
No ar das rosas a exalar
Fluidos muitos, fluidos poucos
como são puros os momentos.
os movimentos sedimentados no amor
no calor de sermos sinceros, veros
no caminho vizinho de quaisquer corações!
Nossas mentes são e serão eternas
do principio ao fim
mostrando que nos fomos
que somos e seremos sempre
um espírito eterno;
Terno como queremos ser
Em todas
Numas assim,
Como?
Abreviar o murmúrio dos mares
com suas ondas trepidantes
amainar o som das estrelas
com suas luzes densificantes
fazer amor como antes
no paraíso das cruzes purificantes!

Eu Posso Partiicipar

No passo de cada um
um ente a engolfar.

O destino, hino de fábula

uma rumba a dançar

o par de dados, o jogo

do qual jamais posso participar.

Pois o amor

que em mim há

nãso posso em jogo por mim transar

pois, o que há dentro do jogo

não pode se dissipar

Ah! O ar! Este ar

que me envolve

nas fusões, não funções.

Nas ações de cada momento

a nos tirar o sono;

sono que deste

não quero acordar

mesmo que deixe marcas

pois, o privilégio

que tenho em te amar

ao acordar

não poderei suportar.

O ar que sufoca

existe uma matraca

na consciência das pesssoas

atoas,rir de quaisquer.

Só sei que quero

em meio às pessoas

a câncticos, a purezas

o infinito de saber amar.

O ar, o pequeno espaço

o traço, a palavra, o dizer!- Amo-te