Tuesday, 26 October 2010
Sunday, 17 October 2010
Talhe

O talhe lívido espaldado,
sob a cabeça
opulentas madeixas
roçaga num movimento mistificado.
A pele tal qual cambraia
cingida por borlas de torçais
embebeu-se dos eflúvios do amor.
Agora marmoriza-se e,
os olhos maviosos
penetram zelosos
esse talhe escarnecido.
Na soledade misérrima
tal desventura qual o ermo
encontra a nuvem branda
no amor que morre.
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